Nos tempos das Cruzadas, as especiarias eram produtos de luxo que faziam as delícias e a riqueza da nobreza. Quando o soberano de uma nação queria homenagear outro, mandava-lhe inúmeras especiarias. Os vassalos saíam em cortejo levando em pequenas caixas de ébano as tão fabulosas e raras "sementes" vindas do Oriente.
Na Idade Média, a pimenta do reino tinha muito valor. Servia como prêmio aos vencedores de duelos e como "moeda" para pagamentos de impostos e honorários para os juízes. Sem dúvida era um comércio lucrativo principalmente para os que se dispunham a fazer a Rota das Especiarias de Marco Polo. Os merceeiros ocupavam nesta época uma classe privilegiada dentro do mercado.
O produto era tão consumido que muitas vezes a procura era maior do que a oferta por isso mesmo, os preços eram elevados e somente os que tinham alto poder aquisitivo é que se davam ao luxo de comprá-las. Além de servir como presente e prêmio, as especiarias eram consumidas pelos perfumistas e alquimistas. Em todas as famosas poções, "filtros de amor" e remédios às especiarias tinham o seu lugar de destaque.